Todo mundo que já fez uma viagem picadinha enfrentou esse problema. Toda segunda-feira é um drama: o dia oficial de fechamento dos museus. Você acaba sobrecarregando de lerês o dia anterior e/ou o seguinte, e perde durante 24 horas uma referência prática para organizar seu roteiro.
Isso não acontece em Viena (ou, a propósito, em Londres). Aqui praticamente todos os museus e palácios não têm dia de fechamento -- e portanto abrem normalmente às segundas. Pelo que apurei até agora, só não abre a Escola Espanhola de Equitação. A Ópera de Viena tem um horário de visitas guiadas variável; em dias de espetáculo não há visitas (mas ontem, segunda, havia).
Aproveitamos a segunda-feira turisticamente útil de Viena para ir aos dois palácios mais importantes da cidade: o Hofburg, em plena Innere Stadt (o coração de Viena), e o Schönbrunn, a seis estações de metrô pela linha verde (U4). Compramos um ingresso combinado, que atende pelo nome de Sissi Ticket, a €22,50 por cabeça. O ingresso também dá direito à Coleção do Mobiliário Imperial, que veremos hoje (e que, por acaso, fecha às segundas).
Começamos pelo Hofburg, que fica a cinco minutinhos da igreja de Santo Estêvão, que é o marco zero turístico do centro de Viena. Você pega a Graber (calçadão do comércio chique), quando ela acaba vira à esquerda na Kohlmarkt (calçadão do comércio mais chique ainda) e de repente, pumba: dá nos fundos do palaciozão.
Sim, esses são os fundos. A frente é esta aqui:
Do lado de fora, o que achei mais bonito foi o Pátio Suíço, com a estátua do imperador Francisco I.
Entra-se no palácio pela Coleção de Prataria Imperial. Aproveite para tirar fotos; no andar de cima é proibido usar a câmera.
Depois de subir a escada você entra no Museu Sissi. Eu disse para você pegar o audioguia na entrada? Pois digo agora. Ouvir a gravação é importantíssimo para aproveitar a visita (não há versão em português, mas tem em espanhol). Enquanto a exposição parece reforçar o culto à Imperatriz Sissi, o áudio destrói o mito, revelando uma Sissi deprimida e impopular tanto na corte quanto entre seus súditos. A visita segue pelos aposentos da imperatriz e por áreas sociais do palácio, talvez o mais elegante que eu já tenha visitado.
O Palácio de Schönbrunn fica a menos de meia hora do Hofburg. Volte à Stephanplatz (a praça da igreja) e tome a linha U1 do metrô (direção Reumannplatz). Desça na estação seguinte, Karlsplatz e troque para a linha U4 (direção Hütteldorf). A estação Schönbrunn é a sexta.
Enquanto Hofburg era a residência habitual de inverno dos Habsburgo, Schönbrunn funcionava como o palácio de verão. Na época, ficava fora da cidade; seus jardins são imensos e majestosos (mas infelizmente não se revelam no inverno).
Também não é permitido fotografar no interior. O percurso é extenso e o palácio, bem mais overdecorado do que o da cidade. Senti falta do drama apresentado no Museu Sissi. Sem neve a visita certamente fica mais interessante, por causa dos jardins.
Não pudemos ver o verde dos jardins, mas em compensação aproveitamos o mercado de Natal em frente (de nível bem superior ao maior da cidade, realizado em frente à Rathaus/prefeitura).
Outros lerês que você pode fazer numa segunda-feira em Viena: museu de arte Kunsthalle, Leopold Museum (fecha 3a.), museu de arte moderna Mumok, museu de arquitetura ArchiteturZentrum Wien (todos esses no Museum Quartier); Palácio Belvedere; palácio/museu Albertina; museu de arte contemporânea Kunsthalle.
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